Sakata participa de seminário sobre tendências de consumo de flores no Brasil

Em agosto, aconteceu o 12º Seminário Ibraflor, realizado pelo Instituto Brasileiro de Floricultura, na cidade de Holambra (SP). O evento reuniu um público de profissionais ligados à produção e comercialização de flores, além de paisagistas e decoradores.

Na ocasião, estiveram presentes Carlos Amano, Gerente Regional de Vendas do Departamento de Flores e Ornamentais da Sakata, e outros integrantes do departamento, representando a empresa. Eles aproveitaram a oportunidade para estreitar laços com clientes e parceiros do setor, além de obter atualizações importantes sobre as principais tendências de consumo para o segmento de floricultura no Brasil.

A programação do evento contou com uma série de palestras proferidas por especialistas da área, que apresentaram alguns pontos importantes em termos de comportamento deste mercado e que devem estar no radar das empresas e profissionais que atuam no segmento de flores. Dentre os quais, se destacam:

Tendências e Insights

Desde a geração Millennial – que foi a maior responsável pelo consumo de plantas quando saíram da casa dos pais e as plantas e flores eram algo mais barato para ajudar na decoração de seus apartamentos – chegando na geração Alpha – que reconhece o aparelho Alexa como um membro da família –, o grande desafio é incluir flores e plantas num mundo cada vez mais tecnológico, veloz e de hábitos imediatos.

O mercado de decoração

Flores miúdas, arranjos suspensos (tipo “nuvens”) e flores artificialmente coloridas surgiram nos casamentos devido à falta de acesso a versões específicas de flores ou a alta dos preços durante a pandemia.

A falta de acesso é resolvida com uma comunicação mais clara e imediata entre o decorador/ paisagista e o produtor, podendo ser facilitada, por exemplo, pelos canais de distribuição como o Veilling, em Holambra.

Atualmente, o setor de decoração exige uma reprecrificação dos produtos, porque os eventos têm exigido quantidades cada vez maiores de flores e plantas, o que se torna insustentável com a alta de preços trazida pelo pós-pandemia.

Supermercados

Atualmente, o varejo valoriza mais as flores, que são uma parte significativa da gama de produtos em supermercados. Ter um mix completo com flores, plantas e insumos, além de orientar os consumidores na escolha, tem sido fundamental para impulsionar essa categoria.

Dados do Setor

Um estudo realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP) e o Ibraflor revelou que, nos últimos anos, houve um crescimento de 42% no volume de produção de flores e plantas ornamentais no país, que foi impulsionado principalmente pelos setores de maior valor agregado como Decoração e Floriculturas. Isto impactou também no aumento do PIB da Cadeia de Flores e Ornamentais, que subiu de R$ 10 bilhões (em 2017) para R$ 18,4 bilhões (em 2022), considerando o valor agregado dos produtos e não o faturamento.

Comportamento e Consumo

Desde a pandemia, o uso de plantas verdes para interiores cresceu muito, elevando os preços. Atualmente, os projetos continuam incluindo o verde, mas o perfil do consumidor mudou pois, além de buscar por novidades e beleza, ele passou também a demandar produtos mais sustentáveis – o que exige uma reprecificação dos produtos.

O consumo de flores variegadas (como a Begonia Viking, da Sakata) também aumentou desde a pandemia. Essas plantas desempenharam um papel fundamental ao ajudar as pessoas a permanecerem em suas casas, proporcionando conforto e recuperação em meio às crises globais. E no pós-pandemia, seu uso se estendeu às áreas externas e ao paisagismo urbano, demonstrando que a necessidade de bem-estar permanece.

Atualmente temos visto uma movimentação até mesmo de grandes empresas de sementes na busca de coleções novas de espécies antigas, como Ranunculus e Delphinium, demonstrando um movimento de retorno ao antigo que traz o conforto do próprio antigo, da casa da avó e da infância. Esse conforto é um diferencial em meio a pós-crises e situações complexas do mundo ou do ser humano como indivíduo (depressão, ansiedade etc.).

Além desse retorno ao antigo, outros segmentos, como os clubes de assinaturas de flores e flores comestíveis alinhadas à filosofia medicinal Ayurveda têm demonstrado potencial de crescimento para os próximos anos.

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