Empresa desenvolveu uma linha de abóboras totalmente adaptadas para as condições tropicais de cultivo
Originária do Japão, a abóbora do tipo Tetsukabuto, também conhecida popularmente como abóbora Japonesa ou Kabocha, é amplamente utilizada no mercado japonês como porta-enxerto, principalmente nas culturas do pepino, melão e melancia. Tal uso tem se estendido a outros mercados, onde problemas oriundos de fungos de solo e nematoides são limitantes para o bom desenvolvimento das plantas.
Nesse cenário, com o melhoramento genético de abóboras voltado principalmente para uso em enxertia, poucas pesquisas tinham como foco o desenvolvimento de cultivares com alta qualidade de frutos, produtividade, adaptabilidade e estabilidade de produção. Isso refletiu na pouca oferta de variedades híbridas que atendessem às condições tropicais de cultivo.
“A maior parte das sementes híbridas comercializadas hoje em dia são importadas e tratam-se de híbridos lançados há várias décadas. Considerando este cenário e os desafios enfrentados no cultivo e na comercialização dos frutos, a Sakata vem investindo amplamente em um programa de melhoramento genético com objetivo de desenvolver híbridos capazes de atender as demandas específicas do nosso mercado”, explica Israel Leite de Souza Neto, Coordenador de Melhoramento de Plantas da Sakata.
Pensando em suprir a lacuna deste mercado, a Sakata desenvolveu um programa de pesquisa de melhoramento genético de abóboras sob condições tropicais, a fim de consolidar um amplo portfólio para atender todas as demandas específicas de cada região produtora no país. O coordenador conta que “a cultivar Soberana foi o primeiro híbrido lançado pela empresa, destinado às regiões de fotoperíodo mais longo e temperatura mais elevada. Em seguida, foi lançado, na região Sul do Brasil, o primeiro e único híbrido com resistência múltipla a viroses do mercado: a abóbora Kin”.
Montana e Fuji dão sequência a esta revolução
Atualmente, a empresa conta com dois novos produtos que, devido aos seus diferenciais, prometem revolucionar o segmento de mercado de Tetsukabuto no Brasil: são as abóboras Montana e Fuji. “Montana é um híbrido de alta produtividade, planta vigorosa e bem adaptada às condições tropicais de cultivo. Os frutos possuem casca de coloração verde escura, de alta densidade, formato arredondado, polpa espessa e tolerância ao uso de fito-hormônios para o pegamento de frutos via partenocarpia. Já a variedade Fuji se destaca pelo alto pegamento de frutos, elevada produtividade, bom tamanho e padrão de frutos, casca de coloração verde escura e um ciclo mais precoce quando comparado aos outros híbridos do mercado. Recomenda-se o cultivo de Montana em regiões de fotoperíodo mais longo, aliado à temperatura mais elevada, enquanto Fuji é recomendada para a região Sul do país”, esclarece o profissional.
De acordo com o melhorista, o fato do programa de melhoramento genético de abóboras da empresa ser conduzido sob condições tropicais e próximo das principais regiões produtoras viabiliza o desenvolvimento de híbridos específicos para ajudar nos principais gargalos enfrentados pela cadeia, trazendo, assim, maior segurança e lucratividade ao produtor. “A Sakata segue com foco total na busca pelas melhores combinações de híbridos que sejam capazes de agregar o que há de melhor para o mercado atual de abóboras Tetsukabuto, mas sem perder a visão de futuro relativa às tendências para este segmento”, afirma.